Mais que celebração, a festa da diversidade
étnica que acontece no I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) também é
momento para debater e discutir questões que afetam a vida destes povos, como a
sustentabilidade ambiental.
O tema foi debatido em roda de diálogo na manhã
desta segunda-feira, 26, no Fórum Social Indígena, na Oca da Sabedoria.
Compuseram a mesa de discussão a bacharel em Direito, Maial Kaiapó, o Maori (etnia originária da Nova Zelândia) Harko Brown, e o mestre em Ciências Ambientais, Tiago Oliveira. Para abrir o debate foi exibido o documentário “Sombra de um Delírio Verde - a realidade do povo Guarany Kayowá”.
'A demarcação das terras indígenas é fundamental para a sustentabilidade ambiental', é esse o ponto de vista de Maial Kaiapó. Para a advogada os jovens indígenas precisam se envolver nas questões ambientais para assim garantir a preservação de suas comunidades, e diminuir os impactos das mudanças climáticas.
“Quando devastamos a natureza, matamos um pouco da nossa alma. Acredito que esse momento é o certo para planejarmos uma ação eficiente. A demarcação e o respeito à demarcação das terras indígenas ‘é’ fundamental.
Compuseram a mesa de discussão a bacharel em Direito, Maial Kaiapó, o Maori (etnia originária da Nova Zelândia) Harko Brown, e o mestre em Ciências Ambientais, Tiago Oliveira. Para abrir o debate foi exibido o documentário “Sombra de um Delírio Verde - a realidade do povo Guarany Kayowá”.
'A demarcação das terras indígenas é fundamental para a sustentabilidade ambiental', é esse o ponto de vista de Maial Kaiapó. Para a advogada os jovens indígenas precisam se envolver nas questões ambientais para assim garantir a preservação de suas comunidades, e diminuir os impactos das mudanças climáticas.
“Quando devastamos a natureza, matamos um pouco da nossa alma. Acredito que esse momento é o certo para planejarmos uma ação eficiente. A demarcação e o respeito à demarcação das terras indígenas ‘é’ fundamental.
Há uma afronta entre o agronegócio e nossos direitos garantidos. É
esse o momento par nos unirmos e fazermos uma política nossa, pois todos os
indígenas estão passando por alguma pressão sobre as suas terras, mesmo as
demarcadas”, frisou.
Já o Maori Harko Brown explicou que entre o povo da Nova Zelândia, a sustentabilidade está diretamente ligada a preservação dos costumes e jogos tradicionais. “Os nossos jogos são importantes na questão da sustentabilidade pelos elementos naturais que usamos.
Já o Maori Harko Brown explicou que entre o povo da Nova Zelândia, a sustentabilidade está diretamente ligada a preservação dos costumes e jogos tradicionais. “Os nossos jogos são importantes na questão da sustentabilidade pelos elementos naturais que usamos.
E os Jogos Mundiais estão
sendo bons para os Maori demonstrarem seus valores. Estamos tentando sustentar
nossa cultura em toda a Nova Zelândia também através dos Jogos”, disse Brow,
que fez questão de mostrar os objetos utilizados em alguns jogos Maori,
promovendo um momento de integração e interação entre os presentes.
Debates
Mas, mais que preservação de costumes, para os indígenas brasileiros a sustentabilidade ambiental é uma questão de sobrevivência dos Povos, como foi evidenciado nos debate, após exposição da mesa.
‘Os costumes e valores do homem branco são os responsáveis pela destruição do meio-ambiente’, é esta a visão do indígena Paulinho Payakã, ao explicar que atualmente barrar a Proposta de Emenda 215, a PEC 215, que transfere do Governo Federal para o Congresso Nacional o poder de demarcação das terras indígenas, é um dos grandes desafios dos Povos Indígenas no País.
Debates
Mas, mais que preservação de costumes, para os indígenas brasileiros a sustentabilidade ambiental é uma questão de sobrevivência dos Povos, como foi evidenciado nos debate, após exposição da mesa.
‘Os costumes e valores do homem branco são os responsáveis pela destruição do meio-ambiente’, é esta a visão do indígena Paulinho Payakã, ao explicar que atualmente barrar a Proposta de Emenda 215, a PEC 215, que transfere do Governo Federal para o Congresso Nacional o poder de demarcação das terras indígenas, é um dos grandes desafios dos Povos Indígenas no País.
“Quem faz a destruição, toda a degradação quem faz é o homem branco. É
por isso que somos contra a PEC 215, que vai acabar com o restante da floresta
que os índios estão preservando. É a bancada de ruralista que são interessados
em aprovar a PEC 215.”
'O progresso, para os Xavantes, não é um inimigo, desde que ocorra com respeito à natureza', foi o que afirmou Jeremias Xavante. “Nós Povo Xavante não somos contra o progresso, desde que seja racional.
'O progresso, para os Xavantes, não é um inimigo, desde que ocorra com respeito à natureza', foi o que afirmou Jeremias Xavante. “Nós Povo Xavante não somos contra o progresso, desde que seja racional.
As
terras indígenas no Brasil são as únicas que ainda possuem área verde,
preservação de mananciais, animais. Mas estamos sofrendo pressão em todas as
nossas áreas, é plantação de soja, de algodão.
O nosso cerrado está sendo
destruído aceleradamente. Se não fizermos algo, não vai demorar, a Aldeia
Global vai explodir”, ressaltou.
O consumismo e o desperdício também foram lembrados na ocasião, como afirmou Genilda Cygang.
O consumismo e o desperdício também foram lembrados na ocasião, como afirmou Genilda Cygang.
“Também é necessário que os
povos, indígenas e brancos, olhem para suas pequenas atitudes, evitando o
desperdício de insumos naturais e o consumo excessivo.
Nossas pequenas
atitudes, a mudança de comportamento também conta”, frisou.
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